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O I Encontro Nacional dos Exportadores - ENAEX - foi realizado de 27 a 29 de novembro de 1972, no Hotel Glória, no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez, na história do país, que os exportadores se reuniram em encontro de âmbito nacional promovido pela recém criada Associação de Exportadores Brasileiros - AEB. Os trabalhos do I ENAEX foram desenvolvidos sob o seguinte temário:
A importância das exportações para o desenvolvimento do Brasil permeou os discursos e discussões no I ENAEX. A atual política de exportação se assentou, até hoje, em uma premissa e num mecanismo de incentivo indutor de 3 elementos. A premissa foi a de que, criadas as condições básicas de competição, o empresariado nacional, pelo seu passado, seria suficientemente capaz para reagir e realizar exportações crescentes. O sistema indutor baseia-se na política fiscal, na política cambial e na política de financiamento. Esses 3 instrumentos, juntos, se complementam e constituem um todo suficientemente forte para dar à produção brasileira condições de competição no mercado internacional. Isolados, pouco valem. Busca-se hoje, com a maior rapidez possível, superar e corrigir cada um dos fatores que ainda inibem e limitam as nossas exportações, a saber: escala de produção, infra-estrutura; maior presença e atuação nos mecanismos de comercialização; insuficiência e inexperiência no campo dos serviços, rigidez de alguns mecanismos administrativos; garantia de vendas e contratos a médio e longo prazos; dependência tecnológica; não aproveitamento da nossa capacidade de compra como poder de barganha; restrições impostas pelos países desenvolvidos a importantes setores da produção nacional; mecanismos de facilitação para a manutenção de estoques estratégicos de matérias-primas essenciais; maior presença na venda de serviços, projetos técnicos e de engenharia, etc. O comércio não se faz apenas com mercadorias. Os serviços assumem crescente significação na pauta de transações internacionais. Seguros, turismo, fretes e tecnologia, crescem em importância nas trocas entre as nações. Durante séculos, o Brasil foi importador CIF e exportador FOB. Hoje o Brasil começa a gerar importantes fluxos de divisas no item de invisíveis do balanço de pagamentos, com as novas políticas de resseguro internacional, as agências do Banco do Brasil e de bancos privados no exterior, a presença da bandeira brasileira no mercado internacional de fretes e a grande infra-estrutura que se constrói para o turismo. Já começamos também a vender técnica nas suas mais variadas formas. em máquinas, projetos de engenharia e até licenciamento de patentes de fabricação. O crescimento do intercâmbio de mercadorias promove o aumento mais que proporcional dos serviços necessários ao comércio exterior. Revendo o I ENAEX, poder-se-ia afirmar ser ele intemporal. Os problemas e questões discutidos naquele longínquo 1972 atravessaram os tempos, repetindo-se no II, III, IV,........... e 25º ENAEX. Alguns foram solucionados, novos surgiram, mas a grande maioria ainda permanece desafiando o setor exportador. O Encontro, ao longo dos seus 33 anos, mantém sua característica de fórum que propicia o diálogo entre os diferentes segmentos empresariais e a alta hierarquia do Poder Executivo, na busca de soluções para os problemas que ainda atuam como entraves às nossas exportações de mercadorias e serviços.
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Fonte: http://www.guedesepinheiro.com.br/port/links/navegacao.asp?site=http://www.enaex.com.br |
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